Vinoeste sugere ampliação do Fundo de Aval para Agricultura
O presidente da Cooperativa Vitivinícola Uruguaiana Ltda – Vinoeste -, Fábio Gallarretta, sugeriu à Comissão de Serviços Municipais, Saúde, Educação e Desenvolvimento Econômico da Câmara Municipal a proposição de uma emenda à lei municipal do Fundo de Aval para a Agricultura. A idéia é que as cooperativas também sejam beneficiadas com recursos do fundo municipal e possam ter acesso a verbas para garantir fluxo de caixa durante a entre-safra.
A Vinoeste possui 23 cooperativados e mantém-se, atualmente, com o pagamento das cotas de capital de cada um dos associados. Gallarretta prestou esclarecimentos aos vereadores Maria do Carmo Victorino (PT) e Alfeu Freitas (PTB) sobre a implantação da Vinícola Vinoeste, no distrito de São Marcos. O projeto envolveu repasses de R$ 700 mil do Ministério da Integração Nacional e uma contrapartida de R$ 300 mil do município. Os valores foram investidos na aquisição de equipamentos, mudas importadas, capacitação de recursos humanos e construção do complexo industrial da vinícola. Atualmente, a cooperativa é responsável pela administração do complexo, pelo manejo dos 10 hectares de mudas importadas e pela produção de novas mudas de uvas viníferas (cabernet sauvignon, merlot, tanat, sauvignon blanc e chardonay).
Gallarretta informou que o prédio da vinícola necessitará passar por modificações para se adequar às normativas sanitárias do Ministério da Agricultura antes de obter a liberação e a certificação. Uma das exigências do Ministério da Agricultura é piso lavável e impermeável. Por desconhecimento das normativas, o piso da vinícola foi construído apenas de concreto. O dirigente disse ainda que das 30 mil mudas francesas plantadas, 4% delas não vingaram e precisarão ser repostas.
Na reunião com os vereadores, o presidente da cooperativa ressaltou o comprometimento da vinícola com a preservação ambiental. Segundo ele, a Vinoeste está concluindo as obras das lagoas da unidade de tratamento de afluentes e dejetos, orçada em R$ 30 mil, para não poluir o Rio Uruguai. No Estado, somente 20% das vinícolas possuem unidades de tratamento de afluentes.
6 de junho de 2007