Trânsito internacional é destaque em audiência pública
A audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Uruguaiana sobre o Estatuto do Motorista e a Lei que regulamenta a profissão, lotou o plenário da Casa Legislativa hoje, dia 6 de junho de 2012. Os vereadores proponentes, José Clemente Corrêa (PT) e Ronnie Mello (PP), destacaram a importância do evento no município pela sua posição geográfica, sua característica fronteiriça e pela grande quantidade de caminhões e motoristas que circulam na cidade em razão da ponte internacional.
Este foi o ponto que mais gerou debates no evento onde estiveram presentes também os vereadores Kiko Barbará, Adalberto Silva, Rogério de Moraes, Nerai Kaufmann e Mauro Brum, representantes da classe, empresas de transporte nacional e internacional e autoridades relacionadas à área. O senador Paulo Paim (PT), autor do Estatuto do Motorista ouviu as sugestões dos participantes e esclareceu que as contribuições serão incorporadas para construção da matéria que está em discussão no parlamento federal. “Trabalharemos para atender a comunidade e a partir disso avançaremos no projeto, modificando as suas imperfeições”, ainda afirmou que as políticas destacadas na audiência para o trânsito internacional serão debatidas e avaliadas para complementação do Estatuto.
Representantes do trânsito relatam preocupações
O público manifestou preocupação quanto à aplicação da Lei que regulamenta a profissão de motorista (válida a partir de 16 de junho), como as limitações de trânsito e de espaços para estacionamento. Também foi destacada a dificuldade para fiscalizar as disposições da Lei pelo diretor técnico do DETRAN, Ildo Mário Szinvelski. Também o presidente da ABTI, José Carlos Becker, considerou a importância de regulamentação específica para o transporte internacional. “Em Uruguaiana, cerca de 20 mil motoristas ocupam os serviços de fronteira”, relatou.
O senador Paulo Paim esclareceu que pode haver modificações neste sentido a partir destas considerações. Também destacou que a regulamentação muda a forma como eram tratados os trabalhadores que rompia com as diretrizes dispostas pelo direito humano que impede a sobrecarga e a exploração do trabalho.