Trabalho de terapia com cavalos é destaque na Câmara
A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde, da educação e da equitação buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência. Em Uruguaiana, o Centro de equoterapia Gen. Fidelis foi fundado em 1992, junto com a prática iniciada no Brasil.
No dia 8 de agosto de 2023, por proposição do vereador Clemente Correa, a presidente do Centro, Elenice Silveira Rodrigues de Freitas, explanou sobre a trajetória, os benefícios e as necessidades da instituição para o pleno funcionamento.
O cavalo é usado como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais, pois o movimento provocado pelo seu andar exige a participação do corpo inteiro e contribui para o desenvolvimento de força, conscientização do corpo, aperfeiçoamento da coordenação motora , além do contato com o animal que promovem novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
O Centro dispõe de uma equipe de 25 cavalos doados pela comunidade e trabalha nas instalações do Círculo Militar, com o apoio do Exército, que cede o espaço e fornece monitores para auxiliar com os cavalos. As famílias atendidas pertencem a grupos de baixa renda e, até o advento da pandemia, a equipe técnica era mantida por meio de doações de comerciantes e voluntários.
A ANDE-BRASIL, entidade responsável por regulamentar Centros similares em todo o país, exige a presença mínima de um psicólogo, um educador físico, um fisioterapeuta e um instrutor de equitação. Elenice observa que, devido à pandemia, as atividades foram interrompidas e atualmente não há edital ou projeto de apoio financeiro para remunerar esses profissionais.
“Para que o projeto não termine de vez, buscamos apoio para termos sustentabilidade para manter o trabalho, pois somos abençoados em termos a infraestrutura, mas garantia para dar continuidade à contratação de profissionais. É a manutenção de um projeto que é referência nacional e de um legado por visionários que viram no cavalo uma fonte de ajuda”, afirma a presidente do Centro.