Trabalho de combate ao Covid-19 é detalhado na Câmara
Apresentação dos dados de atendimento aos casos de COVID-19 no sistema de saúde municipal foi realizada na Câmara Municipal de Uruguaiana. Por proposição dos vereadores Progressistas José Carlos Zaccaro e Egídio Carvalho, utilizaram a tribuna livre representantes da secretaria Municipal de Saúde, Diego Cantori e Lilian Stumm, e do Hospital Santa Casa de Caridade, Thais Aramburu, Graciane Lafuente e Rafael Malheiros.
A rede de atendimento ao COVID-19 da Secretaria é composta por 11 médicos, 13 enfermeiros e 22 técnicos em enfermagem. Na pandemia, foram realizados mais de 66 mil exames em parceria com Ufpel, Unipampa e Laminf. Registrou-se que dos 14582 casos positivos; 53,93% foram mulheres e 46,06% homens. Foi salientada a importância do centro de triagem, da barreira sanitária, da equipe de monitoramento, do atendimento pós-COVID, vacinação e todos os serviços de apoio.
No relatório epidemiológico do Hospital, de março de 2020 a maio de 2021, destaca-se que os índices de letalidade em internações hospitalares em Uruguaiana são menores que o Rio Grande do Sul. No índice geral, a taxa de mortalidade na Santa Casa é de 27,51% enquanto o índice gaúcho é de 39%. Entre os pacientes da UTI, a Santa Casa tem um índice de 63,35% enquanto o Rio Grande do Sul tem um percentual de óbito de 81%. Entre os pacientes que necessitam de ventilação mecânica – a chamada intubação – a mortalidade na Santa Casa é de 80,42%, enquanto no estado alcança 91%.
O relatório de custos compara a infraestrutura profissional antes e durante a pandemia, sendo aumentadas todas as unidades relacionadas para atendimento. Por exemplo, foram instalados mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, criados 27 leitos com suporte ventilatório pulmonar e 45 leitos de Unidade Clínica Covid.
A despesa antes e durante a pandemia, considerando refeições, medicamentos, profissionais, exames, consumo de O2, entre outros investimentos, teve alta em média R$ 1.623.624,49. O paciente clínico tem em média 9 dias de internação, com custo médio diário de R% 598,57 e o SUS reembolsa R$ 300,00, limitando a 5 dias de internação. Assim, o déficit de internação por paciente é R$ 3.887,13 em média.