Senador Zambiasi sugere acampamento de fronteiriços em Brasília

O senador gaúcho Sérgio Zambiasi (PTB) aconselhou as lideranças políticas e as entidades dos municípios de fronteira a acampar junto ao Congresso Nacional, em Brasília, para exigir a mudança da legislação que regulamenta a faixa de fronteira em todo o país. “Recomendo uma grande mobilização e não se sintam constrangidos em fazer um grande alarde no Distrito Federal”, declarou. O pronunciamento do senador Zambiasi era o mais aguardado na tarde desta sexta-feira, durante o I Seminário da Força Sindical Sobre Faixa de Fronteira, realizado no plenário da Câmara Municipal de Uruguaiana.

Zambiasi argumentou que, no caso da legislação não vir a ser modificada pelo Congresso Nacional, as lideranças e as entidades fronteiriças devem começar a pressionar o Governo Federal para que a cumpra integralmente. A mesma lei federal, que regula as faixas de fronteira, obriga a União a compensar os municípios inseridos nesta zona territorial de segurança nacional com investimentos em infraestrutura, educação, saneamento e geração de desenvolvimento. “Esses recursos, porém, só virão com muita mobilização, pois os 588 municípios brasileiros que estão nas faixas de fronteira necessitarão bem mais do que os R$ 300 milhões orçados para o Ministério da Integração”, declarou.

Em sua breve estada em Uruguaiana, Zambiasi aproveitou para anunciar investimentos federais de R$ 6 milhões em melhorias no Porto Seco Rodoviário e Aduana de Uruguaiana, além do início das obras de recuperação das BR-290 (trecho entre Cachoeira do Sul e Uruguaiana) e BR-472 (trecho entre São Borja e Barra do Quaraí) nas próximas semanas. O senador falou ainda que tramita na Câmara dos Deputados um projeto, já aprovado pelo Senado Federal, que cria a Zona de Processamento de Exportação de Uruguaiana, o qual prevê a instalação de um distrito industrial e uma área de livre comércio no município. Como membro da Comissão do Mercosul do Congresso Nacional, Zambiasi comentou que a inclusão da Venezuela ao mercado comum regional deve ocorrer, apesar da “ditadura democrática” do presidente Hugo Chaves.

 

 

27 de março de 2009