Plano Municipal da Saúde da população negra é exposto na Câmara

         A Câmara Municipal de Uruguaiana realizou audiência pública para tratar da Política Nacional da Saúde da População Negra no dia 30 de maio de 2019. O evento proposto pela vereadora Suzana Alves, contou com a presença dos vereadores Irani Fernandes e Nerai Kaufmann.

        Também representantes do Fórum de Permanente de Promoção da Igualdade Racial, Stael Soraya Rosa e Augusto Fidelis; do Conselho Municipal de Saúde, Renato Correa; do Projeto de Saúde da População Negra-UNIPAMPA, Patrícia Maurer; médica de família do Programa Mais Médicos, Daiani da Silva Soares; Secretário de Saúde, Celso Duarte e Secretário de Educação, Emerson Ortiz.

        Na ocasião foram apresentados os dados e estudos considerados para o trabalho voltados à saúde de população negra. Entre eles destacam-se os fatores raça/cor e socioeconômico. Negros e pardos morrem mais cedo em consequência da precariedade das condições de vida, da violência e do difícil acesso a cuidados de saúde.

          Das pessoas em situação de pobreza extrema (renda igual ou menor a R$ 70,00 por mês), 70,8% delas são negras. Em relação à política pública de assistência social o público majoritário é constituído por mulheres negras. Dos titulares do Programa Bolsa Família, 73,88% são homens e mulheres negros, o que denota que é o público que necessita da política de assistência social. A estatística de estudo realizado na UNIPAMPA demonstra que 50% da população negra tem hipertensão, enquanto o percentual de brancos é de 20 a 30%.

          O Plano Municipal de Saúde da População Negra de Uruguaiana foi apresentado e tem consonância com o Nacional. Nesse o Ministério da Saúde reconhece e assume a necessidade da instituição de mecanismos de promoção integral a saúde da população negra e do enfrentamento ao racismo institucional no SUS, com vistas a superação de barreiras estruturais e cotidianas que incide na saúde dessa população Por exemplo, precocidade de óbitos, altas taxas de mortalidade materna e infantil e maior prevalência de doenças crônicas e infecciosas.

          Na área da saúde, entre as metas em 2019 estão garantir a aquisição dos formulários com quesito raça/cor e religião e ampliar recursos para o programa de atenção integral a pessoas com doenças falciformes.