Diretor técnico do HSCC depõe na CPI

         A CPI realizou, nesta sexta-feira  6 de maio de 2011, a oitiva do diretor técnico da Santa Casa de Caridade, dr. Cláudio Barzoni Crespo, que falou de carências e prestou alguns esclarecimentos sobre o PSF – Programa de Saúde da Família, e o DST\AIDS, programas em que atua como médico responsável.

      Sobre as manifestações anteriores acerca de intervenções prejudiciais da administração, disse que, desde que assumiu a direção técnica em 23\02\11, nunca houve esse tipo de interferência e negou conhecimento de óbitos por falta de material, acrescentando que nunca recebeu denúncia formal sobre os acontecimentos, somente ouviu relatos, os quais caracteriza como ‘fofocas’, por não serem escritos nem passíveis de confirmação.

       Colocou como grande motivadora da crise na saúde pública municipal a falta de profissionais médicos, os quais não têm interesse de trabalhar em Uruguaiana, acreditando ser em razão de baixa remuneração oferecida, pela localização geográfica do Município e citou o fechamento do hospital militar como elemento determinante, pois contribuía com a vinda de profissionais novos que acabavam por se fixar na cidade.

       O médico discorreu sobre a necessidade de transformação da UTI pediátrica em neonatal, conforme colocado em visita de técnicos da Secretaria de Saúde do Estado e que estão sendo tomadas as providências possíveis para o credenciamento.

       Manifestou-se contrário à demissão de Fábio Mota, inclusive assinou documento junto com mais onze médicos afirmando a impossibilidade de manter em funcionamento a UTI Coronariana após a saída do profissional, Questionado, disse que, segundo sabe, a demissão não foi por motivos técnicos, até pela comprovada qualidade do doutor Fábio, e que somente o Prefeito Municipal pode responder os motivos da medida.

       Questionado sobre a relação entre o poder público e o HSCC, respondeu que os recursos públicos é que mantém o hospital e, ao finalizar, fez um apelo aos profissionais para que lutem sempre pela instituição, uma vez que as pessoas passam, mas o hospital tem que permanecer forte, independente de cores de partido, simpatias ou antipatias.