CPI ouve componentes de comissão sindicante
A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura questões referentes à saúde pública municipal tomou o depoimento de profissionais da Santa Casa de Caridade que realizaram a sindicância, em cujo termo de abertura constava averiguar possíveis irregularidades quanto à instalação do Instituto de Cardiologia em Uruguaiana.
O médico e diretor clínico da Santa Casa, Oscar Menezes Blanco afirmou ter participado da sindicância com o objetivo específico de verificar a implantação do INCAR, da mesma forma como declarou o médico Diego Rossi Kleinubing, que é prestador de serviços do HSCC.
O dr. Oscar Blanco, ao final de seu depoimento, sobre a ocorrência de interferências na área técnica, disse que não se envolveu nessa problemática pelo bem do serviço de saúde e que, com essa situação, quem mais perde é a população.
Já a enfermeira Márcia Ribeiro Lima, responsável pelos setores de internação obstétrica, banco de leite e centro obstétrico, contradizendo os depoentes anteriores, afirmou que, na sindicância, chegaram a abordar alguns aspectos do referido relatório de irregularidades, como o estoque de materiais, o rodízio de funcionários, o óbito ocorrido, não tendo a comissão chegado a desfechos conclusivos, por terem sido adotados os procedimentos adequados e de rotina.
Sobre as remoções e trocas de turno dos técnicos e auxiliares de enfermagem nas unidades pelas quais responde, a enfermeira Márcia informou que são feitas em decorrência de determinações administrativas, no intuito de proporcionar aos profissionais a aquisição e troca de experiência e que seriam temporárias, contrariamente ao que ocorreu e que desconhece que existe descontentamento por parte dos funcionários removidos.
O advogado e servidor da Procuradoria Geral do Município Eduardo Corrêa da Silva Martins foi o último depoente da tarde desta quinta-feira (05), e confirmou que nada foi constatado como irregular na instalação do Instituto de Cardiologia pela Comissão Sindicante, que averiguou tão somente essa questão.
Os depoimentos relatados confirmaram declarações do dr. Fábio Mota de que o documento que encaminhou ao Prefeito Municipal, informando graves irregularidades no HSCC, não foi objeto de averiguação pela sindicância.
5 de maio de 2011