Comissão ouviu envolvidos com serviço de oncologia

       Na reunião desta quarta-feira, dia 6 de setembro, a Comissão de Serviços Municipais e Saúde deu continuidade ao trabalho de busca por esclarecimentos sobre o serviço de oncologia em Uruguaiana. O presidente da Comissão, vereador Clemente Corrêa (PSDB), demais vereadores membros do órgão, Elton da Rocha (PP), Suzana Alves (PRB) e Vilson Brites (PMDB), acompanhados dos vereadores Mano Gás (PSDB) e Carlos Delgado (PP), ouviram as declarações do Hospital Santa Casa de Caridade pelo diretor assistencial, Diego Kleinubing e diretor administrativo, Geovane Cravo; do Iron, os médicos Ana Carolina Muller e José Adir Muller, e do Conselho Municipal de Saúde, Renato Corrêa.

           Foram convidados para o encontro o Ministério Público Federal e a 10º Coordenadoria Regional de Saúde que justificou a ausência. O presidente da Comissão, vereador José Clemente, relatou as atividades, voltadas ao assunto, realizadas a partir da provocação da comunidade. “Nosso compromisso é sério. No alcance do que estiver o Poder Público de intervir em todas as ações necessárias e relevantes, desde que dentro da legalidade, tenham certeza que estaremos presentes”, afirmou o parlamentar sobre o trabalho da Comissão.

               A respeito da decisão do Hospital e de questões técnicas, o médico Kleinubing frisou que a realização da mudança foi baseada na necessária assistência de melhor qualidade aos pacientes oncológicos. Conforme afirmou, a figura do médico oncologista clínico tem papel central nos tratamentos e, por ser detentora do credenciamento junto ao Governo Estadual, a Santa Casa optou por manter a parceria com o Iron apenas com sua especialidade que é a radioterapia. “Visualizamos que estávamos na retaguarda do cenário nacional em relação a este serviço”, considerou Kleinubing.

                O médico responsável pelo Iron, há 36 anos prestando os serviços de quimioterapia e radioterapia, esclareceu que houve muitos investimentos no setor e sempre foram corretos os procedimentos realizados aos pacientes. “Estamos dispostos a negociar o que for necessário, como pensando no paciente sempre fizemos, desde que haja viabilidade”, considerou Muller.

                Durante sua manifestação, o presidente do Conselho salientou a preocupação com a possibilidade de descredenciamento do serviço pelo Governo do Estado. “Em 2014, tivemos a crítica eminência da perda da oncologia e certificamos que há mais seis meses de observação sobre a eficiência e decisão definitiva sobre o assunto”, esclareceu Renato Corrêa sobre o objetivo maior que é atender com qualidade a demanda de Uruguaiana e região.

                 Nas próximas semanas, será produzido e apresentado relatório conclusivo da Comissão de Serviços Municipais e Saúde da Câmara Municipal.