Caminhoneiro é ouvido pela Comissão de Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Uruguaiana ouviu, nesta segunda-feira (11/06), o depoimento do caminhoneiro brasileiro que permaneceu 75 dias detido na Penitenciária de Mendoza, na Argentina. O motorista foi liberado, na sexta-feira passada, pela Justiça Argentina, mediante o pagamento de uma fiança, e irá responder em liberdade ao processo penal em que é acusado de tráfico internacional de 135 gramas de maconha.
O motorista disse à Comissão de Direitos Humanos que seguia viagem para o Chile, conduzindo um ônibus, quando foi detido numa barreira da Gendarmeria Argentina, em Mendoza. Os gendarmes localizaram no vaso sanitário do ônibus um pacote com 135 gramas de entorpecente. À comissão, o motorista enfatizou que não sabia da existência do produto ilegal no veículo.
– Eu conduzia o veículo de Paso de los Libres para Los Andes e estava substituindo um outro motorista que não pôde fazer a viagem. Fiquei dois meses e meio numa penitenciária em total abandono e se conhecer ninguém – disse.
Após cinco audiências no juizado de Mendoza, o caminhoneiro foi liberado com a condição de a cada três meses se apresentar à Justiça da Argentina. A fiança de três mil pesos foi paga pela família do motorista e pela empresa responsável pelo transporte. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, vereador Rogério de Moraes (PSDB), encerrou o procedimento e disse que os documentos ficarão à disposição do motorista uruguaianense para possível uso judicial. Durante os últimos dois meses, a Câmara Municipal ouviu depoimentos do proprietário da empresa transportadora, de um advogado argentino e manteve tratativas com os consulados da Argentina, em Uruguaiana, e do Brasil, em Paso de los Libres.
Além do presidente, participaram da reunião da Comissão de Direitos Humanos os vereadores Alfeu Freitas (PTB), Luis Gilberto de Almeida Risso (PMDB) e Josefina Soares (PSDB).
11 de junho de 2007