Câmara presta homenagem aos 150 anos da Loja Maçônica Cruzeiro do Sul II

          Os 150 anos da Loja Maçônica Cruzeiro do Sul II foram celebrados na Câmara Municipal de Uruguaiana em sessão especial no dia 30 de setembro de 2024. Prestigiaram o evento, integrantes da maçonaria e compuseram a mesa de honra, vereadores, autoridades militares, venerável mestre da Loja Maçônica Cruzeiro do Sul II, Cláudio Tavares Leães; orador da Loja, Paulo Inda; venerável mestre da Loja Maçônica, Heráclio Soares Leães e fez uso da palavra, o irmão Maçom Hermeto Silva.

        Na solenidade, foram destaque a contribuição da Loja homenageada para a história e o desenvolvimento de Uruguaiana; a preservação dos princípios de fraternidade, liberdade e solidariedade; o cumprimento da missão de formar cidadãos comprometidos com o bem comum e a justiça social, e o exemplo de filantropia e dedicação à comunidade.

        Durante os discursos, foram evidenciados momentos históricos de apoio da maçonaria à sociedade, como o pioneirismo de Uruguaiana libertação dos escravos; também personalidades marcantes como Setembrino de Carvalho, Domingos de Almeida, Bento Martins e Pedro Marini.

        Na oportunidade foi entregue certificado registrando o reconhecimento da Câmara Municipal aos 150 Anos da Loja Maçônica Cruzeiro do Sul 2ª, simbolizando a gratidão da comunidade pelo papel significativo que a instituição desempenha ao longo de um século e meio.

 Histórico Loja Maçônica Cruzeiro do Sul II

 

      A Loja Cruzeiro do Sul II, em Uruguaiana, foi fundada em 1873 e regularizada em 1874, adotando o Rito Escocês Antigo e Aceito, com laços profundos na história local e nacional. Seus fundadores eram maçons oriundos de diversas regiões, e já nos primeiros anos contava com 97 membros, entre brasileiros e estrangeiros.

     Surgida em meio ao movimento abolicionista e libertário, suas raízes remontam à Guerra dos Farrapos e ao fluxo de imigrantes europeus que ajudaram a moldar a cidade. A Loja abrigou figuras influentes, como Fernando Vieira de Carvalho e Brigadeiro Bento Martins de Menezes, que lideraram campanhas em prol da libertação dos escravos e a construção de uma sociedade mais justa.

    Durante a Guerra do Paraguai, muitos estrangeiros maçons chegaram à cidade, contribuindo para o renascimento da maçonaria local. A Loja Cruzeiro do Sul II teve um papel significativo na abolição da escravatura, com esforços notáveis liderados por seus membros, antecipando em quatro anos a Lei Áurea. Sua influência se estendeu à política e à sociedade, com muitos vereadores comprometidos com o ideal de liberdade.

     Atualmente, a Loja continua sua missão de promoção da moral e da ética, sediando o Capítulo Uruguaiana nº 95 da Ordem DeMolay e o Bethel 11 Guardiãs do Oriente da Ordem Filhas de Jó Internacional, que preparam jovens para uma vida de virtudes. A Loja permanece um símbolo de liderança e fraternidade, contribuindo para uma sociedade mais justa e humana.