Câmara debate proibição de trânsito para caminhões
A Câmara Municipal ouviu, nesta quinta-feira, o secretário municipal de Segurança e Trânsito, Vítor Manuel Gediel Machado, sobre a proibição de tráfego de caminhões acima de seis toneladas pelas rua do centro e pelas demais ruas pavimentadas ou calçadas de Uruguaiana. A presença do secretário foi requerida pelo vereador José Fernando Tarragó (PSDB).
O secretário Gediel explicou aos vereadores que o objetivo da proibição é preservar os danos ao patrimônio público. O secretário exemplificou que apenas uma carreta causou um dano de R$ 11 mil ao transitar por duas ruas que haviam sido recentemente calçadas em um bairro da periferia da cidade.
– Com o calçamento e a pavimentação das ruas foi necessário aplicar o decreto existente desde 1993. É necessária a cobrança, limitando a circulação desses veículos para evitar danos à pavimentação e ao calçamento com pedras irregulares – disse.
O secretário de Segurança e Trânsito explicou também que há permissão de trânsito de veículos pesados apenas para as avenidas Setembrino de Carvalho, Joaquim Murtinho e Santos Dumont. As ruas não pavimentadas ou calçadas também estão livres para a circulação de caminhões. Os infratores que desrespeitam a proibição de trânsito estão sendo multados e os seus veículos retidos. O caminhão é liberado após o ressarcimento dos danos provocados pelos veículos ao patrimônio público. Segundo Gediel, neste ano foram multados 208 veículos.
O vereador Mauro Brum (PMDB) considera que há privilégio no cumprimento do decreto. O vereador acrescentou que empresas localizadas nas avenidas Setembrino de Carvalho, Santos Dumont e Joaquim Murtinho recebem veículos pesados diretamente nos seus depósitos, enquanto outras empresas da cidade precisam transbordar as cargas dos caminhões pesados para levar as mercadorias aos seus depósitos.
– O decreto não autoriza acordos entre a prefeitura e as empresas. O tratamento deve ser igual para todas as empresas – sustentou Mauro Brum.
O secretário Gediel disse negou que haja tratamento privilegiado para algumas empresas. Gediel explicou que as empresas situadas nas três avenidas (Setembrino de Carvalho, Santos Dumont e Joaquim Murtinho), por concentrarem um movimento diário de 1,2 mil caminhões, e por não poderem se adequar imediatamente à proibição, propuseram um acordo com o prefeito se comprometendo em colaborar com a reconstrução das ruas se houver danos ao patrimônio público.
6 de dezembro de 2007